De acordo com dados recentes divulgados pelo DataSUS e cruzados com boletins regionais de unidades de pronto-atendimento, o número de hospitalizações causadas por choques elétricos cresceu 12% nos primeiros seis meses de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior. Os acidentes envolvem tanto redes de baixa tensão — como residências e comércios — quanto ambientes industriais.
Especialistas apontam dois fatores centrais para o aumento: a informalidade na execução de serviços elétricos e a negligência em manutenção preventiva de sistemas e equipamentos antigos. Além disso, cresceu o número de acidentes relacionados a instalações fotovoltaicas mal executadas e sem proteção adequada contra contatos diretos e indiretos.
O cenário reacende o alerta sobre a urgência de disseminar práticas corretas de segurança elétrica, incluindo a adoção sistemática da NR-10, a exigência de atestado de conformidade elétrica e o cumprimento de protocolos como bloqueio e identificação (LOTO) e uso de EPI específicos para eletricistas. A estatística não apenas expõe falhas técnicas, mas escancara o impacto direto da engenharia negligente na saúde pública.