No primeiro semestre de 2025, o Brasil registrou uma nova escalada de acidentes em ambientes com atmosferas potencialmente explosivas — as chamadas instalações Ex. Indústrias do ramo alimentício, químico e farmacêutico voltaram a ser palco de explosões, incêndios e quase-tragédias que poderiam ter sido evitadas com um projeto técnico adequado, manutenção preventiva eficiente e fiscalização contínua.
As causas mais comuns apontadas pelos órgãos reguladores envolvem uso indevido de equipamentos elétricos não certificados para áreas classificadas, ausência de sistemas de aterramento confiáveis, falhas no enclausuramento de fontes de ignição e a negligência em rotinas de inspeção periódica. A norma ABNT NBR IEC 60079 estabelece critérios rígidos para segurança em atmosferas explosivas, mas muitas vezes sua aplicação fica restrita ao momento da instalação inicial, sendo esquecida ao longo do ciclo de vida do equipamento.
A NR-20, que regula a segurança com inflamáveis e combustíveis, também está sendo desrespeitada em vários contextos — principalmente no armazenamento e na movimentação de líquidos combustíveis.
O aumento no número de sinistros está levando entidades como Fundacentro, MTE e CREA a reforçarem campanhas de capacitação e a promoverem ações integradas de fiscalização em campo. O cenário reforça a urgência de um olhar sistêmico sobre a segurança de instalações Ex, considerando não apenas a conformidade técnica, mas a cultura de prevenção como parte da rotina organizacional.