O que a Engenharia Elétrica ainda não entendeu sobre o impacto humano das falhas técnicas

A engenharia elétrica sempre foi uma disciplina fortemente voltada à resolução de problemas técnicos. Projetos são concebidos com base em normas, cálculos, softwares de simulação e planilhas de dimensionamento.
Engenheiros trabalhando com Engenharia Elétrica

A engenharia elétrica sempre foi uma disciplina fortemente voltada à resolução de problemas técnicos. Projetos são concebidos com base em normas, cálculos, softwares de simulação e planilhas de dimensionamento. Mas entre a precisão das equações e a execução prática no campo existe um abismo que ainda é ignorado: o impacto humano das falhas técnicas.

Quando uma tomada é instalada sem aterramento, quando um painel é religado antes da hora ou quando um disjuntor é dimensionado de forma equivocada, não estamos apenas diante de um erro “técnico”. Estamos lidando com um risco direto à integridade física de pessoas. Cada curto-circuito, cada arco elétrico e cada choque que poderia ser evitado é uma falha moral, antes de ser uma falha de projeto.

Este editorial é um convite à reflexão sobre o papel social da engenharia elétrica. A tecnologia aplicada deve servir à vida, e não à produtividade cega. Engenheiros que tratam sua prática como neutra estão se omitindo diante da realidade: sistemas elétricos precários matam. E não por falta de recurso, mas por descaso com o impacto final de cada escolha técnica. Precisamos de uma engenharia mais responsiva às pessoas e menos aprisionada à planilha.

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